Escoop tem quatro artigos entre os 50 melhores no 8º EBPC 

Reconhecimento nacional reforça a Escola como referência na pesquisa aplicada ao cooperativismo 

A Escola Superior do Cooperativismo (Escoop) conquistou destaque nacional no 8º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC 2025), realizado entre os dias 6 e 8 de outubro, em Brasília. Quatro artigos desenvolvidos por professores e pesquisadores da Escola foram selecionados entre os 50 melhores trabalhos do evento, promovido pelo Sistema OCB. A conquista reforça o compromisso da instituição com a produção de conhecimento aplicado, interdisciplinar e voltado à transformação do cooperativismo brasileiro. 

As pesquisas premiadas abordam temas como equidade de gênero, diversidade, inovação e fortalecimento da liderança feminina. Segundo a professora e pesquisadora da Escoop, Roberta Conto, o EBPC é uma oportunidade única para conhecer novas pesquisas, ouvir outras referências e debater o futuro do cooperativismo. “É ainda mais significativo participarmos neste momento em que celebramos o Ano Internacional das Cooperativas e debatemos sobre o futuro do cooperativismo”, destaca.  

Pesquisas que conectam ciência e prática 

Um dos artigos premiados, “Protagonismo feminino no cooperativismo gaúcho: avanços, desafios e perspectivas para a equidade de gênero”, investigou a participação das mulheres nos ramos agropecuário e de crédito no Rio Grande do Sul. A pesquisa revela que elas representam 31% da base cooperada no estado, com presença crescente nas cooperativas, mas ainda enfrentam obstáculos à ocupação de espaços de decisão. O estudo aponta a persistência de barreiras estruturais, como o chamado “teto de vidro”, e destaca iniciativas inspiradoras, como a da cooperativa Justa Trama, onde a liderança se constrói com base na escuta e na coletividade. 

A pesquisa “Comitês Mulher no Cooperativismo: formar, encorajar e oportunizar as mulheres a se expressarem” resgatou as histórias e memórias de mulheres envolvidas no Comitê Mulher, revelando esses espaços como ambientes seguros de escuta, empatia e construção de identidade. A análise mostra que os comitês não apenas promovem representatividade, mas funcionam como verdadeiras escolas de formação e fortalecimento feminino dentro das cooperativas. 

A diversidade também esteve no centro das discussões com o artigo “Narrativas cooperativistas sobre a diversidade sexual, de gênero e relacional”. A pesquisa reuniu relatos de pessoas LGBTQIAP+ que atuam em cooperativas, trazendo à tona vivências marcadas tanto por silenciamentos quanto por experiências de acolhimento e transformação. As histórias revelam a urgência de práticas mais inclusivas, alinhadas aos princípios do cooperativismo, como a solidariedade, a equidade e o respeito à diversidade. 

Já o artigo “Indicadores de inovação no cooperativismo: práticas atuais e novas perspectivas” analisou como cooperativas gaúchas têm medido a inovação em seus processos. A partir de entrevistas e questionários aplicados a gestores de 14 cooperativas, a pesquisa mostrou que, embora 71% utilizem algum tipo de indicador, muitos ainda priorizam métricas financeiras, deixando de lado aspectos como participação democrática, intercooperação e impacto social.  

Para o professor e pesquisador da Escoop, Carlos Oliveira, um dos autores do estudo sobre inovação, o trabalho é fruto de uma ação conjunta para entender como os gestores das cooperativas percebem a mensuração da inovação e quais são as perspectivas futuras. “Nosso objetivo agora, a partir do estudo, é ampliar esse olhar, incluindo valores essenciais do cooperativismo, como a gestão democrática, a participação dos cooperados e o interesse pela comunidade”, afirma. 

Conhecimento com impacto social 

A seleção dos quatro artigos entre os melhores do EBPC 2025 reafirma o compromisso da Escoop com a construção de um cooperativismo mais justo, inclusivo e inovador. Para a coordenadora de Ensino, Pesquisa e Extensão da Escoop, Paola Londero, ao articular pesquisa acadêmica com os desafios reais das cooperativas, a Instituição reforça seu papel como elo entre a teoria e a prática, entre a universidade e os territórios. 

“Com uma abordagem que une rigor científico e compromisso social, seguimos consolidando a Escola como referência nacional na produção de conhecimento aplicado ao cooperativismo, promovendo transformações reais a partir da pesquisa”, finaliza. 

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